A evolução do mercado imobiliário até Junho 2013

15-08-2013 10:22

Segundo o Inquérito Mensal de Conjuntura (IMC) de Junho, da APEMIP – Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal, registou-se por parte de alguns inquiridos um dinamismo positivo no que diz respeito ao número de transacções nos segmentos residencial, industrial, de terrenos rústicos e de terrenos urbanos.

De facto, 13% dos mediadores imobiliários questionados no segmento residencial, 5,3% na indústria, 3,8% nos terrenos rústicos e 2,7% nos terrenos urbanos mencionaram que as transacções efectuadas foram acima do normal comparativamente ao período homólogo. O comércio e os terrenos urbanos foram os que registaram níveis de transacções negativos, em mais de 65% abaixo do normal.

Procura residencial focada no arrendamento

O arrendamento é uma realidade no mercado residencial e, de acordo com os resultados do inquérito no mês de Junho, cerca de 52% dos inquiridos mencionaram que esta opção representou até 50% da procura residencial efectuada. Cerca de 27% mencionaram uma pesquisa entre 50% a 75%, e 21,2% balizaram a procura residencial para arrendamento entre os 75% a 100%.

Em relação ao número mensal de imóveis arrendados, no mês de Junho, 61,1% dos participantes do IMC mencionam que, em termos médios, foram efectuados até três contratos de arrendamento residencial. Outros 22,2% referem entre três a cinco.

O montante médio dos arrendamentos residenciais, numa análise por segmentação de valores, oscilou maioritariamente entre os 300 e os 500 euros (54,9%). De referir ainda que o total de imóveis arrendados abaixo de 300 euros foi de 31,4%, bastante acima dos 25,4% do mês anterior.

Observa-se ainda que, no mês de Junho, os inquiridos estimavam que a morosidade em termos de colocação de imóveis para arrendamento era de um a três meses em 46% dos casos; e entre quatro a seis meses para 37%.

Os inquiridos mencionam também que o tempo médio de ocupação pelo arrendatário situa-se entre seis meses a um ano em 42,3% dos casos; e é de um a três anos em 36,5% das situações.

O inquérito revela igualmente que, do lado da oferta, a percepção de 40% dos inquiridos é de aumento da oferta de imóveis para arrendamento face ao ano anterior. Cerca de 36% refere a manutenção da mesma e 18% refere uma diminuição do número de imóveis disponíveis relativamente ao ano anterior