Reabilitar para arrendar

11-03-2013 11:46

Reabilitar para arrendar

O pacote apresentado pelo executivo visa apostar na reabilitação urbana e no arrendamento é um dos principais objectivos do novo pacote apresentado pelo governo sexta-feira. O executivo quer reduzir os actuais custos de licenciamento para obras de reabilitação urbana e está a preparar um conjunto de cortes nas taxas municipais exigidas a quem faz obras. Há também novos incentivos fiscais em estudo, a par de um conjunto de incentivos destinados a proprietários de imóveis que venham a alimentar o mercado do arrendamento urbano, ou seja, que queiram reabilitar para depois arrendar as medidas em causa ainda estão em fase de preparação e aprofundamento e constam do “compromisso para a competitividade sustentável do sector da construção e imobiliário", formalizado sexta-feira com a confederação portuguesa da construção e do imobiliário (cpci). Reis Campos, presidente da entidade, adiantou que entre as 52 medidas previstas quase dez têm directamente em vista a reabilitação urbana e a dinamização do arrendamento de acordo com o responsável, a redução de taxas de licenciamento será um complemento do futuro programa nacional de reabilitação urbana, que o governo vai chamar “reabilitar para arrendar”. Citado pelo jornal de negócios, Reis Campos adiantou que o programa tem por objectivo “a disseminação de operações de reabilitação urbana por todo o país, seja por municípios, seja nos imóveis do próprio estado central, seja fogos pertencentes a particulares”. O líder da cpci lembrou que o sector da construção atravessa um momento particularmente difícil e revelou que a reabilitação urbana, ”só para o património residencial”, vale qualquer coisa como 26 mil milhões de euros. “Há cerca de 500 mil fogos devolutos, muitos a precisar de obras, que depois de intervencionados podem ir para arrendamento”, explicou.